Eu, Exilado de Mim
Cheiro de chuva que refrigera a alma,
Gosto de mar salgando a boca,
Sol que queima a pele num ardor gostoso e amorenado.
Vento marinho que acaricia o corpo nu,
Modelando vestes aéreas na varanda,
Reflexo na praia daqueles olhos.
Cheiro de livro antigo falando do sertão,
A saudade cálida das campinas do interior
E a promessa de um sonho bom,
Que margeia Luanda indo pela Mata Sul.
Até encontrar Neméia no Alto da Sé.
Retornar ao berço pernambucano.
Eu, exilado de mim mesmo.
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