A atração é um enigma. O cheiro, a cor, a harmonia, o olhar, o brilho dos olhos; o movimento, a dança, o corpo, a fala, mansa, autoritária, expressiva, ou misteriosa.
a beleza é um complemento, não um sinônimo. Tem beleza que dá medo. Beleza é Sustentáculo. Enigma à parte. À parte, e nos parte. Ao meio, em dois, e um milhão de pedaços.
A inteligência no próximo nível é uma flor azul. Já se passaram os sentidos, menos o tato, que ainda virá. Agora vem o jogo das palavras, a retórica, as insinuações, as propostas, as delicadezas, as brutalidades, os sonhos, as aspirações, as mentiras, as fantasias. O espírito que fala, a essência é nessa parte.
E uma vida não é constituída de sexo e carícias.
Uma vida é constituída de sentimentos e razão. Virtudes e sonhos em comum.
Uma mulher não se apaixona por um homem pelas suas virtudes.
Mas as suas virtudes a mantém apaixonada.
O Homem não precisa de virtudes.
Alguns não se apaixonam.
Os que se apaixonam, escolhem mal.
Os mais inteligentes são os que fingem que amam. O oscar, prêmio de melhor vida, longa e falsa vida. A maioria não se divorcia.
Voltando a sequência: as falas foram arrumadas, os roteiros dos exigentes está pronto, toda obrigação moral e cívica foi cumprida.
Agora começa a dança das peles, o esvoaçar de cabelos, a afiação das unhas, a animalização, mais que bem vinda. Amarrotagem de lençóis, arremessamento de travesseiros, depenar de cisnes, mergulho de almas, sinfonia de urros e gemidos.
Prazer que dói. Dor que pede mais.
Quem tem o poder da atração?
Dom da concepção, dádiva da genética, presente do alinhamento interplanetar?
Ou... Auto-polimento, poda, crescimento, observação, carapaça de mentiras... Uma atividade completamente racional.
E o instintivo? A parte do corpo, do cheiro, da dança... Seleção Natural? Uma raça melhorada ao longo das eras não para gerar sábios e engenheiros, mas sim uma população perita em trepar. Engenharia genética para melhorar a performance da foda.
Atração é instintiva. Gera. Move.
Pra quê?
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