A água substitui a pedra,
Por ser irmã e regente.
Entra filtrada pelos poros betuminosos,
Impura de altruísmo.
Nos ensina a ser esbeltos, claros e flexíveis,
Contornando as pedras sertãs que ficam no caminho.
No caminho tinha uma pedra,
A água passou de lado.
Não se importou.
Nos ensina a dar vida, generosidade,
Cair do céu pra quem não espera nada.
Lavar a aridez das estepes,
Enxugar a morte e os castiçais.
Esfriar a torpeza das retinas dos homens
Depois de um longo dia inglório.
Apuro de mão da fonte encanada dos palácios altos.
Ensina a ser litoral,
Ilha, arquipélago,
Peixe com côco.
Ensina o absolutismo e a amplidão,
Da dureza glacial
À dissimulação vapórea.
É corpo, vida e morte.
É azul, celeste ou nobre.
Nem é azul.
É lama, solidão, brutalidade.
É vida, vida de novo,
Renascimento.
É delta, fim de um caminho.
É nascente, começo de qualquer coisa.
E é afluente, o medo de morrer só.
Ensina a ferver o imaturo,
Paciência, virtude dos velhos.
A esculpir as montanhas,
E a formar os vales.
Quebrar as falésias,
Se fazer, de vez em quando, de vento.
Mudar o curso das coisas.
Didática dos arredores,
Tutora certa.
Inimiga da opacidade.
Ferocidade de um destino.
Seu lindooooo! Com essa cagaria nos seus peitos fácil kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk R.
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