Rosa Negra - Traição
O espinho que entra na mão,
Profundo, que trinca o osso,
Derrama o
sangue em vão,
Pela inocência que a segura, grosso.
A Rosa Negra do egoísmo,
Atrai mãos incautas,
Rasga a pele pelo cinismo,
E espalha suas farpas.
A inocência procurou-a no jardim,
Mesmerizada pela opaca beleza,
Pensou que fosse como o jasmim,
Mas da estética virou presa.
Pétalas pretas jogadas no mar,
Sonhos inócuos afogados,
Buquê de insensatez, noir
Nem tangos, nem blues, só fados.
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