quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Profecia
Profecia (Escute isso enquanto lê)
Vi países vermelhos,
Instalados no extremo Sul,
Retalhos de soberania,
Disputados numa geleira.
Vi o calor de outros mundos,
Dissipar gelos vários,
Vi terremotos titânicos,
Deslocarem continentes inteiros.
Vi rostos insulares,
Combatendo na Sibéria,
E cortinas incendiárias,
De fogo, sal e nada.
Vi mercados transparentes,
E praças congeladas,
torres de ouro e bronze,
Afundadas sob o azul das águas.
Vi tantas orquídeas anis,
Ao pé de tantas colinas,
Ladrilhos cerúleos, alvos,
De pés pequenos e calmos.
Vi pássaros de enxofre,
Borboletas radioativas,
Peixe de ferro e prata,
Plantações contaminadas.
Eu tive um sonho apocalíptico, de um futuro diferente. Foram sonhos em noites diferentes, mas sempre tratando da mesma coisa. Vi mercados com torres desmontadas de ouro e bronze, que refletiam o sol para aquecer cidades congeladas na Antártida. Vi ali pessoas com fenótipos mongóis. Vi uma garotinha loira de olhos azuis numa cidade chinesa, com colinas com flores azuis, e construções com madeiras vermelhas e dragões. Vi o fogo e a destruição, vi a morte, e vi continentes que não existiam.
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