quarta-feira, 27 de março de 2013
Matérias Suaves
Matérias Suaves
Eu, sendo Terra,
Me apaixonei pelo fogo,
Me transformei em lava,
Sendo consumido e incendiado,
Rocha magmática.
Depois amei as águas,
E com os séculos,
Fui esfriado por elas.
Moldado e concatenado por seus fluxos,
Até ser vencido pela dor e pelo cansaço.
Adormeci nas marés.
Até que ouvi a brisa, e me apaixonei pelo vento,
Sendo este celeste, sem cor e suave,
E eu, terreno, cheio de matizes, e cru.
Ele fez renascer com seu toque suave,
E me trouxe a vida, e a luz.
Brotei, cantei, e depois decaí.
Morri, enfim, em seus braços que não me tocavam,
Amando, sempre, matérias mais suaves do que eu.
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