AutômatoCai gota a gota,
Como a vida que se esvai,
Sobrando apenas o reflexo,
Da ciência inválida e incerta.
Cai a gota da paciência,
Da força e da felicidade,
Cansaço que não tem idade,
Nem chega na hora certa.
A correnteza leva tudo,
A vida nem tem pieadade,
Da fraqueza, da solidão,
Quando mais da inabilidade.
Eu cansei da vida,
E também cansei da morte,
Já vivi demais em sua sombra,
E gozei muito de sua sorte.
Autômato por destino,
Luto por um rei que não conheço,
Não tenho sonhos nem amigos,
Nem faço de Deus apenas um terço.
muito bom!
ResponderExcluirPq os poetas são assim...tão verdadeiros??
ResponderExcluirVc vai no fundo da alma de quem ler!
Lindo!