segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O Silêncio dos Pássaros
O Silêncio dos Pássaros
O Rouxinol não canta do mesmo jeito,
Seu canto murchou,
Sua garganta perdeu a vida,
As cores, o som, a alegria.
Também já não é Acauã,
De canto agourado,
Que traz a seca e a morte.
Nem a tristeza agora é motivo pra se cantar.
Um dia foi Assum Preto,
Canto cego de dor,
O Véu Negro que espalhava
Ignorância, força e temor.
Asa Branca que não voltou,
Esperando que caia a chuva,
Assum Branco que desapareceu,
Deixando nas veredas e no sertão,
Que ecoem livres,
O silêncio e o breu.
Ganso triste e odioso,
Boiando na insanidade,
Pensa que é cisne, rancoroso,
Choro velado no silêncio,
Geme talvez,
Por piedade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário