quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Quem ama, inventa suas próprias penas.


Em Mim Também (Olavo Bilac)

Em mim também, que descuidado vistes,
Encantado e aumentando o próprio encanto,
Tereis notado que outras cousas canto
Muito diversas das que outrora ouvistes.
Mas amastes, sem dúvida ... Portanto,
Meditai nas tristezas que sentistes:
Que eu, por mim, não conheço cousas tristes,
Que mais aflijam, que torturem tanto.
Quem ama inventa as penas em que vive;
E, em lugar de acalmar as penas, antes
Busca novo pesar com que as avive.
Pois sabei que é por isso que assim ando:
que é dos loucos somente e dos amantes
na maior alegria andar chorando





Esse não é meu, mas para mim significa muito mais que meia dúzia de minhas próprias letras, porque descreve completa e absolutamente a forma como amo, e talvez quase o"Porquê" assim o faço.

Eu sou assim, infelizmente, um romântico masoquista que vive procurando chibatas ambulantes pra me torturar(hipérbole), mas so me apaixono por quem não da certo nunca, e tenho certeza que com muita gente é assim, ou seja, onde se encontra um padrão, não se pode encontrar uma patologia, logo, sei que nisso pelo menos sou normal.

Porque nosso cupido é burro? Porque nos apaixonamos por quem não presta, por quem não nos dá valor, ou simplesmente por quem esta impossibilitado seja caso de falta de sintonia, compromisso, ideologias e etc? Porque o ser humano em matéria de amar/gostar é controlado pelo ciclo vicioso do quero/não te quero? (Procurem a letra de Caetano - O Quereres)

Amar é tão bom... Tem alguma coisa melhor do que amar? Aquela sensação quente que acelera o peito e preenche o vazio da existencia sem significado... Tenho pena dos que nunca amaram. Mas porque uma coisa tão boa vem atrelada a sofrimentos tão pesados? Nunca usei tantas interrogações em nenhuma outra postagem não foi a toa não, pois pra mim, na vida, eu não tenho nenhuma outra dúvida maior, outra coisa que me consuma mais. Tanto que se Deus descesse a Terra hoje, e eu tivesse direito de fazer apenas uma pergunta a ele, eu perguntaria:

Oh meu véi, onde foi que tu errasse, hein?

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