segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Through all the Nights ♫

How funny is,
To fall in love,
To laugh and cry,
And plead and crow.

How sweet was,
To talk and go,
From clever thoughts,
To mind flows.

You´re poetry,
That start to walk,
You´re mistery that,
I try to unlock.

A laughable,
Defenseless soul,
Falling in your arms,
Never knowing where to go.

So sing with me,
And lay with me,
And let me be.
Wow, let me be your love.

Wow, wow, let me be your love.
Wow, let me be your love (for tonight)
Oh, come and mend my soul (with your´s)
Oh, let me be your love through all the nights.

Fonte que não se Esgota

Fonte que não se Esgota

Há pessoas que desejam ser consumidas,
Há pessoas que desejam consumir,
Uns são terra, verdejando vida e alimento,
Outros são fogos ravenos, a fome em si.

Há ainda aqueles que planam, aéreos,
Fluidos da desvontade,
Passeando pela brisa como se fossem brisa.

Já eu quero ser fonte inesgotável, incessante,
Me fazendo elemento primordial, inefável,
Desaguar no mundo e me fazer espelho de céus maiores,
Sou água, sou vida, sou luz que refrata,
Broto como que de lugar nenhum,
Mas tenho origens em estrelas e pedras inomináveis,
Sou cósmico, mineral e eterno.
Sou o panteão dos mundos.

Moscas, Prismas e Degradés



Moscas, Prismas e Degradés

Eu sou tua angústia,
Teu motivo de viver em verdades,
Sou tua ânsia, náusea de afetos,
E querer me querer não é o suficiente.

Meu corpo e minha palavra te perturbam,
Associados, são perigosos, seduzem pelo asco,
E os quereres não têm fim,
São como minha tolice.
Te quis demais, bem demais. Cedo demais.

Sou tua mosca, ou era, não sei,
Existir no tempo é falho,
Promessas de eternidade parceladas em caos,
Tudo é caos, erro e dor.

Sou tua mosca enfim,
Barulho sistemático e conhecido    (Atroz, alienando
Tudo vejo, 360, e me suprimo         teus sentidos)
Em prisma mórbido e furta-cor,
Virei apenas mais um degradé teu,
Quando tu me apertasse na tua mão,
Enquanto meu líquido escorria do corpo,
Gemidos em castelho, em falso falsete.
Uma mosca que pia.

Tu me apertasse, me prendesse, e me extinguisse,
A moda não perdoa cores que não tem nome, exílio,
E eu, sendo prismático e astral,
Sou todas as cores que o homem não conhece.

Canções de Apoteose

                                                                           



 I

Eu, sendo vossa Gaia,
Terra, seio e chão,
Vos ensino minha língua,
Léxico rico em prazeres,
Polissemia e ambiguidades.

Vós, seres apolíneos solares,
São Zéfiro, e algum outro deus antigo,
Filho de Hecate.
Aos poucos, vós adentrais meu panteão.

Um deus pequeno,
E o outro sob véus e sóis,
Se alimentam de minha dialética,
E eu, pacificada, me rendo.

Sou mãe, sendo também amante,
Tua Jocasta, tua Medeia também.
E não há Calisto que vença a minha voz.
Sou a voz dos tempos.

Eu, sendo raiz e tronco,
Não me faço caule nem flor,
Seiva que se esconde sob minha língua,
Eu vos beijo e vós viveis.
Assim.

Eu, sendo raiz e tronco,
Sou tão antiga quanto a primeira voz,
Conhecendo cada pedra e córrego,
Vos ensinando pelo riso e pelo cínico,
Os quais me pertencem em absoluto.



II


Poesia e liberdade não se ensinam,
Mas eu, em teimosia geológica,
Tento fluir em vos, me fazendo em água,
Barro que dá vida, de gosto acre.

Não me respirem, seres etéreos,
Sou pesada e feita de ósmio,
Quase miasmática,
Mas convosco fodo, mundana, comum,
Tornando o ar em pedra,
Derrubando, deslize, desfiladeiro de mim.

E tu, carvalho que me enraiza,
Só bastou me olhar,
E eu já abaixei minhas pedras,
E teus axiomas me transpassaram.


III


Consumo vossas belezas,
Miudezas morfológicas que me agradam,
E que me poemam.

Meu sangue não ferve,
Pétreo, górgona dos seus encantos sombrios,
Teus Perseus fazem-me Penélope,
Costurando artérias ao invés de me tornar Circe.


IV


Possuo, enfim, metafísica imantada,
Transpiro em versos e sonho mundos,
Minha palavra é criação,
E o meu poema é elemento primordial.

Onde piso novas flores brotam,
E pelo movimento das minhas mãos nascem rios,
Canto, e surge pássaros astrais,
Desejo, e vós surgis.

A matéria aquiesce minhas vontades,
Sou primordial,
Mais antiga que o Sol,
Por isso, vocês, Apolos,
Me amam antes, e me amam melhor.