sexta-feira, 29 de abril de 2011

E depois eu que tenho preconceito...

http://www.brasil247.com.br/pt/247/cultura/1658/Forr%C3%B3-de-pl%C3%A1stico.htm

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu que não sei nada do Ofurô


Eu que não sei nada do Ofurô

Rajada de água quente
Que corta a gente de tanto prazer
Bruma do corpo, leve,
Imitando a neve pra nos conhecer.

Vinho derramando medo,
Um deslize ledo no amanhecer
Dedos, mão, corpo, louco
Provando o gosto de quem sabe ter.

Não solte não pare agora,
Calor não tem hora de aquiescer,
Grite estridentemente
Rasgue com os dentes o entardecer.

Arranhe só a minha pele
Mas não repele o que lhe aparecer
Cante neste meu compasso
E siga o passo do nosso querer.

Enrosque esse teu sorriso
No meu frio ouvido ao anoitecer
Deite em meu peito forte
Forjado na morte pra te conhecer.

Eu que não sei quase nada de mim
Descobri que já sei quase tudo do mar.

Stars of the Stars



Stars of the Stars

Why don´t you try? Take this as a challenge. The sunlight in your hair it´s so beautiful, don´t you know? Looks like a golden moon. A funny incongruence of the stars.

The stars are your eyes. The constellations are your full body. A strange cosmogony, don´t you think?

And your voice flattering my? It´s the fresh air of the mountain, caressing my ears, so high.

I´ve never tasted so rare fruit from Guanabara. And the sea of cliffs? It´s so beautiful as our songs says?

A corner and a guitar. Not the eletric one. To be your bread, your food, all the love of this short live, and some anti monotony poison.

Bid my blood to run faster than my heart. Boiling in anxiety.

Are the dreams always colourfast as this? and with so many colors, it´s the end closer? The ink always fade away, right?

But, if we sing more together? This will bring all we need to not to allow the Gray take care of our lives. Singing with the mountains, the breeze, the sea, the light and the little birds of the road. Sing to the flowers of our thoughts.

And look back again to the sky. Smiling? No. Confusing. Because, to the Galaxy, we, my friend, my love, are their Stars. Colourfast, melodious, and pure bright. Let´s make our own constellation. Let´s sing with the breeze.

Sol Feminino



Força motora,
Potência dos atos meus,
M.H.S. nosso,
Irradia dos olhos teus.

Capacitor dos sonhos,
Polias mais que ideais,
Gerador de Vidas,
Dilatações astrais.

Compressão do tempo,
Radiação das horas,
Luz que voa tanto
Quando gira a aurora.

Isolamento térmico
Que blinda a manhã,
Esquenta até a noite,
Com essa febre terçã.

Resistência tão serena
À corrente do destino,
Rezo para a gravidade,
Pro Sol ser feminino.

Pensamentos & Mais - II

- Cada passeio de ônibus é uma crônica em potencial.

- A mão no lugar errado só depende do momento para ser a mão no lugar certo.

- Dica: quando uma música de Pirigueti ficar na sua cabeça, não cante! Sofra calado.

- O que julgamos igualdade absoluta, no espelho é simetricamente o oposto. Levante a mão. A igualdade não existe. O que é existe é dignidade.

- Eu sempre estudei em turmas C´s, nunca escapei. Seria um complô celeste? Cu!

- De ônibus, de novo. Eu vi uma funerária. Caxangá. Chovendo. Velha e mulher. Ombro. Consolo? Estavam de costa. Esperei choro na calçada. Veio riso. A morte é sempre mais engraçada do que parece.

- O erro didático de Maquiavel foi não topificar.

- O Cristianismo foi o maior ato institucioinal populista que o mundo já viu.

O infinito é só um símbolo



O Infinito é só um Símbolo

Como estancar o choro feito sangue,
Quando passo a mão no teu cabelo,
Tentando capturar cada momento?

Como não se mortificar, por dentro, nesse adeus,
E não olhar para você e enxergar o fim no seu começo,
Sabendo que é realmente a última vez que eu vou te ver?

Como se faz pra esquecer daquele alpendre?
Teu corpo junto ao meu...
Tudo o que existia ali era você e eu.

E a rede?
Girando, amarela, girassol em uma profusão de cores, luzes e alegrias.
Teu corpo tão junto ao meu.
Teu cheiro se confundindo com o meu...

O infinito é só um símbolo, meu bem.

E a igualdade é só uma ilusão.
Mas o que nós sentimos não.
E o que nós sentimos no final ainda importa:
Sintonia não acontece com todos.

E o sentir era quase um.
Mas o quase é tão longe.
Igual aos nossos destinos.
But unlike our hearts.

Touch me, você sabe que é muito fácil me deixar.
Muito fácil.

Daylight,





I must wait for the sunrise
I must think of a new life
And I mustn't give in
When the dawn comes
Tonight will be a memory too
And a new day will begin.

domingo, 17 de abril de 2011

Você também gosta do Mortal?





Estavam os dois no bar do cais da cidade, aquela cidade fria, cinza, com muita neblina, cujo nome eu não lembro agora, mas sei que fica no litoral norte estadunidense, e isso é o que importa. Cada um na extremidade do bar cinzento e sem graça. Ela, linda, loira, com olhar ameaçador e provocante, vestindo um sobretudo que escondia-lhe tudo, menos os cabelos. Tomava um café. Ele, com um paletó comum, bonito, nem tanto quanto você tá pensando, cabelo castanho curto comum, sem chapéu, tomando sua cerveja sabe se lá de que procedência. Só eles, e o barman estático, ré-limpando os copos com cuspe.

Se encararam. Cada um num canto do bar, e não paravam de se olhar. Provocavam, escandalizavam, filosofavam, testavam-se.

15 minutos, e fingiam beber a mesma bebida, conversando tudo através daquele olhar. O Dono do Bar realmente não se importava, e já estava aborrecido por eles ocuparem mesas, mesmo com o local vazio, sem consumir mais nada.

Mais do que morgado, com muito tédio, ele ligou o rádio. Interferência, CNN, BBC de Londres, blá blá blá, tempo, rádio evangélica, txrrrwin, twrrrxin, girando o botão. Achou uma. Começou a tocar a música tema do Mortal Kombat. (Sim, aquela agitada)

De repente, o homem e a mulher se levantam e correm um em direção ao outro. Ela chega na voadora, Ele desvia pro lado, dá um murro, Ela desvia com um braço, mas Ela não contava que já vinha outro, e pega de raspão no abdômen dela. Ela se vira e acerta em cheio a barriga dele com um chute certeiro, pra mostrar como se faz. Ele recua com o golpe, mas não sem antes agarrar a perna dela e girá-la. Ela gira mas cai como se nada tivesse acontecido, em pé.

Ela se arma com uma cadeira e parte pra cima dele, ele pega outra e vai se defendendo. Cada golpe amadeirado é uma perna ou duas que se quebram até sobrarem os bastões, que usam como cassetetes policiais. Eles manejavam com perícia. Nenhum dos dois se acertava realmente, apesar de combarem com chutes devastadores e usarem o bar como arma um contra o outro. O Dono permanecia imóvel, com cara de tédio, alheio à tudo aquilo.

Livraram-se dos bastões improvisados. Ele saiu correndo em direção à Ela, até que Ela subiu a parede e pulou para trás dele metendo-lhe um chute duplo nos seus ombros e jogando-o contra a parede, bem ninjamente. Ela tentou se levantar, mas ele foi mais rápido e agarrou-lhe os calcanhares e arremeçou-a para dentro da bancada do bar, ao lado do Dono do Bar, que não se moveu.

Ela se levantou, e se armou com todas as garrafas dos whiskeys caros, e dos nem tanto assim, dos copos, e os jogou contra ele, verdadeiros projetéis que se espalhavam ao se arrebentarem. Ele esquivando-se como podia, rebatendo com chutes e golpes de mão aberta, miraculosamente sem quebrar os vidros, e levando-os a se partirem de volta contra Ela.

Acabaram-se os vidros. O Dono do Bar continuava imóvel, só que dessa vez não tinha mais copos para limpar. A música continuava.

Eles voltaram a se enfrentar com murros, chutes, cotoveladas, defesas, esquivas, chutes voadores, joelhadas, pulos seguidos de outros golpes e tudo o mais. A música acabou.

Os dois deitaram-se no chão cheio de cacos, ensanguentados, quebrados, fraturados, suados, ofegantes, e, muito estranhamente, sexys.

- Você também gosta do Mortal?
- Claro, melhor jogo do mundo, só comprei um supernintendo na época pra jogá-lo.
- Eu tenho um Play3 com o jogo novo. Quer ir lá dar uma jogadinha?
- Ótimo, não tenho nada melhor pra fazer mesmo, essa cidade é um tédio.
- Mas antes me mostra mais uma vez aquele golpe fatal da Sonya, mas um pouco menos fatal...
- Tá certo, hihi.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

http://nietzsche10.blogspot.com/ Fazendo publicidade aqui. O melhor é o nome do blog, confessem que vcs riram rsrs.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Pensamentos & Mais

- A humildade só chega quando você percebe que a poesia é fundalmentamente inútil e prostituída. Mas ela nunca chega de verdade.

- Eu tenho raiva de gente travada e limitada que quer ser melhor que os outros. Mas nem tanta assim.

- Eu amo as cicatrizes, elas me lembram como a vida é afiada.

- Eu nunca vi nada mais aguado que Eliana. Nem água.

- Felicidade é ter ar-condicionado central em Recife.

- Saldo positivo numa festa: não vomitar.

- Eu gosto de livros velhos, menos qualquer coisa de Balzac ¬¬

- Eu deveria escrever uma ode ao meu P#%$!. Minhas fantasias nunca deixaram de ser fantasias, e ele lá, sempre me apoiando, sem me deixar na mão, sem nunca deixar de ser Pênis.

- Tudo é egoísmo, absolutamente tudo. Até o altruísmo.

- Escrever na Esperança que alguém leia... tsc tsc tsc, tudo errado.

- Mulheres (exclusivamente) provocantes deveriam ser mandadas pro Irã. Pedra nelas.

- Um amigo que come a mulher que você gosta tem que gozar duas vezes, porque ele ta comendo ela e ta comendo seu cu também. E quando é seu melhor amigo, ele te fode sem pena nem lubrificante.

- "Pra se fazer poesia de verdade, às vezes você tem que se engasgar." E as aspas continuarão sendo usadas nas frases originais só pelo podr de expressão. A originalidade nunca existiu.

- Viver é muito perigoso. Morrer não.

- O mundo seria um lugar melhor se logaritmo e binômio de Newton fossem pro inferno. O curso público superior.

- Se toda mulher admitisse que quer dar tanto quando o homem quer comer, o mundo seria um lugar melhor. Né, Nelson Rodrigues?

- Se Jesus descesse à terra, o primeiro mercado que ele ia lá dar um piti era na Universal. Depois no Vaticano. Foucault está certo.

- Se todos os católicos seguissem os passos de Jesus a média de vida seria de 33 anos, nós aposentavamos os barcos, mas os chicotes e os cemitérios não.

- Se todos os espíritas vissem realmente o que acredita não se teria uma religião, se teria uma ciência.

- Se todos os ateus virasse Saramago, (d)Deus descia só pra provar o contrário, só pra fazer o mal.

- Se todas as crentes virassem uma Adélia Prado eu pagaria o dízimo Muy satisfeito.

- A minha poesia é a única coisa que não me trai.

- Na batalha contra a vida, uma hora nós iremos perder.

- O amor é uma das coisas mais racionais que existe. Você não se apaixona por uma gorda feia pobre e com gonorréia.

- Como é que se sente saudades do que nunca se teve?

- Andar de ônibus em dia de chuva é sentir saudades.

- O sentimento mais forte é também o mais desprezado. O que move o concílio dos sábios na inquisição do romantismo? Corações de Pedra, racionalizados e cristalizados? Ou nem há mais pedra? Se Machado escreveu Helena, eu posso amar na minha caneta também.

- O barroco foi um peido violento da contrarreforma.

- Quem muito de Deus fala, muito do demônio está perto. Como se fosse um mantra pra tirar o encosto... Meu filho, o encosto é você! Nome de Deus em vão? Hello!? Ow!(Skol) Deixem os ônibus em paz, Exú. Bando de crente desocupado. Vocês já viram algum ateu (des)pregando - gritando - por ai?

Fikadika.

-



Azulejo

O Pássaro canta pelo prazer de ser pássaro,
Onde o céu e as nuvens são complementos,
E os ninhos-palmeiras são leitos altos.
O canto é sua fé e razão.
Precisa cantar para voar e poder cantar mais longe,
Melando de música o ar.
Menestrel e peregrino.
Cantar como um passarinho,
De manhã cedinho,
Cantar como um passarinho,
Na beira do Rio.
Eu sou um pouco pássaro.
Só me falta ser Azul-Pavão,
E deixar de ser Azul-Céu,
Sendo Azulejo nos vitrais.

Ira de Tupã


Ira de Tupã

Um galo sozinho não tece a manhã,
Já dizia João,
Uma coruja sozinha não traz a noite,
Traz medo, pio X, sombra, trovão.

A aranha que tece as minhas vestes come mosca.
Varejeira é banquete.

Os teus olhos sozinhos não tecem um coração,
Precisam do bater do tambor arritmado do meu peito.

O engraçado é que a Ira de Tupã cai sobre Recife,
E não em Tuparetama.
Os recifenses precisaremos usar gôndolas venezianas.
E eu sempre odiei essas silepses,
Mas preciso me reafirmar, corrompendo se preciso.

Não confie no destino,
Se confie para fazê-lo aos poucos.
Se existe, é incerto,
O certo é a potência dos nossos atos,
Não a dos nossos sentimentos.

Os outros nunca se importam verdadeiramente com o que sentes,
(talvez se falares...)
O que ecoará então serão somente os teus atos.
Sinta, seja, faça.

Pois eu sou o amor da cabeça aos pés.

Ninho de Pedra




Ninho de Pedra


Suas penas se escondem na brasa,
Calor cobre que ondula no ar,
Fios metálicos que cintilam,
Pôr-do-Sol nos teus ombros de mar.

O raiar ensola a luz,
O ocaso se torna aurora,
Prisma pétreo que reluz,
Teus seios conforme a hora.

Noite sem graça que se passou,
Enquanto você estava fora,
Um ciclo que nada mudou,
Renasce das cinzas de outrora.

Alce voos pelos campos de mim,
Faça ninhos pelo meu corpo,
Conte as penas de um Serafim,
Pouse no meu sonho torto.

Seja a fênix minha,
Que eu serei o leito teu,
Abraçarei tuas chamas,
E o teu corpo será meu.



Surubim & Bacalhaus

Estafilococo metamorfoseado,
Vinha, crina, sina minha,
Fermento no cimento,
Mento, minto muito.

Cacho macho acho roxo,
Anca branca santa oca,
Tinto sinto, não minto,
Quero, esmero, espero solta.

Vinho, moinho, sozinho,
Cor, dor, mar, calor,
É Dionísio do mesmo jeito:
Embriaga;
É o suficiente.

Bebo, beijo, cedo, meto,
Sonho, medonho, estranho e nem tanto assim.

Sede, rede, varanda e peixe;
Nunca gostei de Bacalhau:
Prestígio e Sal demais.

Mas eu gosto de Surubim.
É o suficiente pra mim.
Espero que esse "coisa" tenha fim.
Que poema véio ruim.
Estraguei com tudo rimando assim?
(Seja vinho lusitano de mim).

Obsessão Desoriginal




Obsessão Desoriginal

No espelho embaçado você está,
Névoa cristalina de mim,
Embaçando a solidão desse apartamento.

Eu te vejo na piscina,
Cada azulejo é uma TV ligada no teu canal,
No chuveiro cada gota é um sorriso teu.
Que Obsessão desoriginal e chatinha essa sua.

O problema é que eu acho que todas as energias são mecânicas o que no fundo é mesmo, eu acho.
Você encarna elas e eles:
Uma projeção chata, chata que eu te fiz.

E no meu café o que me queima são os teus lábios.
Eca, tá com adoçante.
Artificial demais esse seu beijo.

Beleza é uma merda.
Por que você é tão bonita?
Deixe pelo menos minha cama em paz,
Quero sonhar meus próprios sonhos.

Amanhã eu acordo cedo,
Vaza, vai embora.

Rotina em Espiral




Rotina em Espiral

Em uma vida onde a bola e spiriball nunca para de girar, só me resta aprender francês.

O prego gira, a corda nunca se enrosca, e o talo é inquebrantável.

Não há condução nem invasão nas leis da 5º Série que regem nossas vidas até hoje.

Até porque os belos serão sempre belos, e no intervalo dessa rotina em espiral eu não jogo futebol: eu leio Harry Potter. Sou míope.

Os outros vão pro shopping, aprender a Teoria da Predestinação do amor, desde cedo. Eu não. Meus pais não gostam de Mac Donald´s.

Mas o que mais me impressiona é que a bola de spiriball nunca parou de girar. E os murros na costura que cortam a mão, só pela insistência dela, e os que acertam com tudo o mastro, é o que te faz se sentir vivo no final do dia. Errar é humano demais.

E não importa pra onde eu vá, quantos livros eu já tenha lido, ou quanto tempo eu já sobrevivi sozinho, a bola vai continuar a girar. Cintilando no ar, e só por um momento, eclipsando o Sol.

A vida é um verdadeiro limbo, ecos de uma eterna 5º Série que não vai voltar nunca mais. Eu disse, nunca mais.

Castelo de Cartas



Castelo de Cartas

Copas atrás de Copas,
Um flush ritmado.
Sai Valete e vem dama.
Fragilidade latente,
Esplendor ameaçado,
Arquitetura tão ousada.

Cai o Rei de Ouros,
Cai até o Valete de Copas,
Sobram as Rainhas.

Teria um Coringa perdido,
Ou o Coringa sou eu?
(why so serious?)

O desfazer dessa Monarquia,
Um soprar de tempestade,
E os naipes que me regem,
São à favor da Majestade.
Não me deixam fazer uma Canastra.

O Ás é que me suporta,
Alea Jacta Est;

- Quem sabe se a própria fragilidade não vai cair como um royal straight flush? -

Um BlackJack espiritual na hora de pagar a conta da Quitanda armática às vezes ajuda.