terça-feira, 31 de maio de 2011

A educação pela água

A água substitui a pedra,
Por ser irmã e regente.

Entra filtrada pelos poros betuminosos,
Impura de altruísmo.
Nos ensina a ser esbeltos, claros e flexíveis,
Contornando as pedras sertãs que ficam no caminho.

No caminho tinha uma pedra,
A água passou de lado.
Não se importou.

Nos ensina a dar vida, generosidade,
Cair do céu pra quem não espera nada.
Lavar a aridez das estepes,
Enxugar a morte e os castiçais.

Esfriar a torpeza das retinas dos homens
Depois de um longo dia inglório.
Apuro de mão da fonte encanada dos palácios altos.

Ensina a ser litoral,
Ilha, arquipélago,
Peixe com côco.

Ensina o absolutismo e a amplidão,
Da dureza glacial
À dissimulação vapórea.

É corpo, vida e morte.
É azul, celeste ou nobre.
Nem é azul.

É lama, solidão, brutalidade.
É vida, vida de novo,
Renascimento.

É delta, fim de um caminho.
É nascente, começo de qualquer coisa.
E é afluente, o medo de morrer só.

Ensina a ferver o imaturo,
Paciência, virtude dos velhos.
A esculpir as montanhas,
E a formar os vales.

Quebrar as falésias,
Se fazer, de vez em quando, de vento.
Mudar o curso das coisas.

Didática dos arredores,
Tutora certa.
Inimiga da opacidade.
Ferocidade de um destino.
Educação pela pedra?
A pedra além de ter voz inefática
Não tá nem ai.

Ouvidos surdos não podem ouvir sua voz:
Silenciosa, mórbida... viva?
O argumento 12 me diz que ela pode até tá viva.
Mas só se ela souber disso.

Moral, inflexível, maleável, incorruptível.
Sertã.
Já foi sertã um dia;
Hoje o sertão não é mais pedra.

Que educação podemos ter agora?

Nome Inestimável

Quando nasci, um anjo bem bonito
Desses que passeia pelo sol sem se queimar
Disse: Vai, Pedro, ser tronxo na vida.

Mas no meio da pedra tinha um caminho,
Tinha um caminho no meio da pedra,
Tinha um caminho
No meio da pedra tinha um caminho.

Nunca vou esquecer do que aconteceu
Na vida de minhas pupilas tão dilatadas.
Nunca vou me esquecer que no meio da pedra
Tinha um caminho
Tinha um caminho no meio da pedra
No meio da pedra tinha um caminho.

A pedra tem nome inestimável.
O caminho é o resto.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Every Song That I Ever Sing


Every Song That I Ever Sing


Touch me, I defy you,
If you dare to remember me,
Breath my air, to face my face,
Feel my skin, caress my hair.

See the same light,
Warm yourself in the same sun,
Run in the same road.
Touch me in the same room.

Good memories, indeed,
Last summer, the beach,
Your hand in my,
Loving you in the dark.

So deep, loving you.
Searching in the whole sky,
I can´t remember you,
Just the blue glare of your eye.

I want you so much,
If you ever knew how...
I still can hear your cry,
Silent, passing through your mouth.

Red, bitter, full, your mouth,
Kissing every blue thing,
And it´s for you, my love,
Every song that I ever sing.

Estranha Civilização

Caralho! Que merda foi isso?

- Hey, queer folk, who the hell are you?
- So you speak english... where am I? What year is this?
- England, 1495. Crazy Drunk...
- I need to see your King.
- Ha, very funny, indeed. You need to see a dungeon and some guards.
- Wait! Did you saw any flash, any force that had brought me here?
- No, you just had apear. I´d say, wizard, and call some monks, priests, anything, but, nevermind, whatever. Your clothes are very funny.
- And your green clown´s costume is very nice too.
- You dare to speak to speak to me like that!
- Silence, peasant. Proud frucking drunk irish man! I need to see your King, the Parlement, speak about all the good news! The technology! The medicine! The atoms, the cells, the disease, their cures, the religion... All the phisical universe´s laws! I Demand you, bring me to your king.
-So, before anything, I´ll bring you some London´s mud.

E um punhal me trouxe de volta pro sofá de 2011 para não perder o Jô, e comer mais pizza hut. E por causa de uma entrevista com Sandy e um irlandês idiota o mundo n]ao conheceu 500 anos antes alguns avanços de toda uma estranha civilização.

Ser Narciso

Quando olho pro espelho, é diferente. Aprendi a me amar. Até os meus pelos negros, encravados na pele pela genética. Até o meu corpo, nu, às vezes torto, flácido, imperfeito. Até a minha boca tronxa, quasímoda, assimétrica como o meu espírito.
aprendi a me amar como ser humano, sangue, vísceras, ossos, carne e egoísmo. A amar o macho absoluto em mim, de força, vigor, e beleza áustera, árida, imprecisa.
Em um mundo que anseia por Narciso, ser Medéia e Apolo no corpo de Hefesto é no mínimo um desafio. E o espelho d´água sempre te mostra o que você deseja ver.

O Talismã de Diana



O Talismã de Diana


Diana puxa o arco,
Mostrando a amplitude da perna,
Se equilibra no arrebol,
Com as vestes sujando a terra.

Caminha pelos bosques, na penumbra,
Espreita uma Lesbos análoga,
Caçadora, talvez, de si mesma,
Vestal, bela e amarga.

Pergunto se a caça foi boa,
E se valeu mesmo a pena:
Me responde com um sorriso leve,
E desaparece nas sombras de Atenas.

Flecha que mira o Sol,
E acerta o reflexo da Lua.
Diana me deu um talismã.

Muito Clichê


Muito Clichê

Jerônimo estava, como sempre, estudando no seu quarto no 15° andar. Olhou pra janela, a janela olhou pra ele, que viu a tela, que viu a tesoura, e a tela soltou um grito mudo.

- Nah, nem depressivo eu tô pra fazer uma coisa dessas. Mas se bem que eu tô cansado. Queria saber como era a morte. Não tenho sonhos, planos, perspectivas, tudo é muito chato... Além do mais, vou ficar famoso. Mamãe... Mamãe vai ficar triste. Ah, ela supera, depois piscografam alguma coisa pra ela ai.

E ele começou então a escrever sua carta-suicídio-testamento-Jogos do Xbox.

- Jerônimo! O que você tá fazendo!?
- Treinando a redação, Mãe. Tá de matar.
- Ah bom.
- Mãe?
- Oi
- Eu te amo, viu?
- Eu também te amo, meu filho. Mas vá estudar, vá. Seu concorrente não fica dizendo o tempo todo "Te amo mamãe, blá blá blá". - E fechou a porta

- Nah, ela vai superar.

Blá, blá, blá, blá... "E saio da vida para entrar na história..."

No outro dia, nem apareceu nos jornais.

- Muito clichê - Disse o editor.
- Todo dia alguém pula querendo ficar famoso.
Nunca tente vender cerveja no inferno. Crente não bebe.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Machado Bandeira de Melo Prado

Machado de Bandeira de Melo Prado

Quando sem inspiração, parnasiano.
Quando insano, romântico.
Quando estou em dúvida, barroco.
Quando tô mais inteligente, modernista.
Quando com tesão, sensual.
Quando sinto as cores, panteísta.
Quando ousado, sou Max Demian.
Quando faço prosa, sou Machado Bandeira de Melo Prado.
Quando tenho ódio, escrevo macumbas e maldições.
Quando velho, memórias,
Quando novo, experiências.
Quando estático, inerte.
Quando sozinho, cansado.
Quando triste, prolixo.
Quando feliz, lacônico.
O meu tempo... É quando.

Tronos Aveludados


Tronos Aveludados

Andaluzia lusitana,
Vou te mostrar o meu baião,
Frevo, maracatú e xote,
Caymmi, Jobim e Violão.

Vou te mostrar o batuque dos negros,
A batida sincopada com a alma,
Que não tem cor, fé, ou doutrina,
Só o compasso marcado com a mão.

Frankfurt dos francos,
A flauta de Tupâ vai soprar,
Vento, cio, terra, sol,
Panteísmo lunar.

Saxônia dos saxões,
Teus saxs têm o que aprender com os passarinhos daqui,
Canto, pio, doce, vento, ninho,
Sons, cheiros, texturas e tons.

Vida, sangue e súor,
Que sustentam sua ostentação,
Veludo dos seus tronos marcado à fogo,
Chicote, medo e exploração.

Eu tenho cá uma mistura,
Síntese das raças: união,
Brasil meu de todas as cores,
levantamos o império do chão.

Em cima de trabalho e séculos,
Pedras e ossos, a Avenida Paulista,
Que pensa que beija o céu,
Mas o morro é que o visita.

Esquife dos Sonhos Aéreos


Esquife dos Sonhos Aéreos

Repicam os sinos na Catedral,
Onde os vitrais são testemunhas cristalinas do sol,
E as estátuas dos santos conversam na calada da noite.

Quem puxa a corda é um quase,
Convocando o bronze negro a tinir,
Dissipando o silêncio do campanário.

Seu coração bate mais que o sino,
Sincopado com a sua prisão,
Rejeita suas paredes de semi-carne,
Enquanto o espírito sonha amplidão.

É mais que assimétrico, mas não é pássaro,
Seu voo se finda no altar, escuridão,
E o canto é dueto de Gárgolas,
Enquanto a Carranca é solidão.

Se banha com o batismo dos outros,
E em missas não faz comunhão,
Preferia ter sido espartano,
Arremessado de um penhasco; vão.

Os pássaros são sua alegria,
E á tarde vêm lhe consolar,
Em seu ombro vão repousar.

Mas de súbito ele se lembra,
Das pedras e da feiúra que o cercam,
Esmaga-os contra o seu destino,
Esquifes de sonhos aéreos.

Pensamentos & Mais - III

- Voltaire estava certo. A massa é burra. Voltaire > Rousseau.

- Adam Smith > Karl Marx > Lênin > Trótski > Stálin > Cristianismo.

- Inglaterra > Jack Sparrow > Barba Negra > Cd pirata no Brasil.

- Para ser poeta, às vezes você tem que se engasgar. Outras você tem que gritar.

- Deuses = Fonte da Juventude + Sustentabilidade.

- O abundante ama o escasso com toda a intensidade, só pelo capricho do universo em tentar harmonizar tudo.

- A vida é uma Ciranda. Ela roda e roda e não espera ninguém. Às vezes você tá bem perto de Lia, e outras tá bem longe. O que importa é não parar de cantar e seguir sempre girando e sorrindo nessa Ciranda.

- A burguesia só se fez plena no país com a revolução de 30. Pra quem só tem 80 anos de liberalismo, o país até que vai bem.

- A trilha sonora de Recife é a buzina.

- Pincel de quadro sofre em aula de física.

- Nada me dá mais raiva do que quando me pedem "calma".

- A sinceridade é de prata, o silêncio é de ouro. Aliás, eu não deveria nem estar dividindo isso com vocês.

- Pra se passar no Ita, tem que ser doido de pedra shauhaushauhsau. Quem entendeu posta aê.

- O ócio com o tempo traz o ódio.

- A felicidade é uma reação química.

- O destino do tempo é ser substituído e castrado.

- Vinho ou cana, carro ou cavalo, caviar ou buchada, funk ou jazz, jangada ou iate. O que muda mesmo é a compatibilidade de cada um. A necessidade é a mesma.

- O perigo mora no elogio.

- Você quer diminuir a corrupção? Encareça-a. Aumente seu preço, muito. Pra carai.

- A riqueza desprovida de serenidade é uma doença que destrói aos poucos, devagar, com os ossos e a lucidez sendo carcomidos por dentro.

- Me diga se eu estou rindo muito, ou olhando muito pra você enquanto a gente conversa. Porque, isso me irrita, e me assusta, mas às vezes eu pareço demais com meu pai.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Machado das Convenções


Machado das Convenções

A réstia de sol doura minhas costas,
O meu pêlo, meu gosto, meu rosto, tudo,
Nas bifurcações da minha pele.

Nasce o mangue nas minhas encostas,
Acobertando as terras nem tão virgens,
As flores que brotam dos meus arrepios,
Aquecem o colo, em riste.

Mas o machado das convenções é cego,
E poda a carne em ferrugem,
Cravando a dor na memória da pele.

Deixa aberta a terra aos curtumes,
Chagas, lâmina, padrão,
Derrubando a floresta do corpo,
Incendiando as matas com a mão.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Comentários = Felicidade

Vou parar de alimentar o blog.

Só Breno comenta!

Para saber se alguem está lendo essa porcaria, as vizualizações não são o suficiente. Sério.

Eu quero muitooooo comentários, haehuaheuaheua.

Comentários = Felicidade = Menos poemas.

Porque eu sou da linha depressiva-suicida.
Brincadeiras de auto-sabotagens concluidas, vamos ao que interessa.

Postem, seus putos! Nem que seja pra dizer que não entendeu, ou que tá uma merda, ou pra fazer comparações. Elogios não me comovem(ta ai a maior mentira da web).

Logo logo trago um projeto de um romance dessa vez, e fiquem tranquilos, ele não se passa em Praga. rsrsrs.

Obrigado aos que ainda teimam em ler.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Penas de Urubu


Penas de Urubu

O papel que antes era vestal,
Aos poucos ganha contornos antônios,
E a voz e a cor se tornam letra,
E a letra antimônio.

"Pedra de valor inestimável",
Que pode ser amassada e dispensada,
E se perder nas artérias excretoras da cidade luz,
depende só da vontade da mão que a pesa.

Quantos manifestos magnos não foram escritos na areia?
Em cascas, fiapos, panos e guardanapos...
e as penas de urubu são a mesma de pavão,
Pois o negrume não fica na letra,
e o manuscrito se encerra pela mão.

O piche se impregna no bater,
De quem rouba o suór então;
Onde o faisão outorga os decretos,
E a tinta é o sangue da nação.

Hidrovida


Hidrovida

A chuva cansou de molhar,
De dar a vida e nada em troca receber.
A chuva virou fogo.

Set fire on the rain!
Set fire on the rain!

A chuva caústica vem varrer os vícios.
Mas também já não quer ferver tanto.
A chuva agora é pedra.

Rain of stones!
Rain of rocks!
The Sky is fading away.

O céu vai contribuir com material,
Esmagar uns crânios e construir uns castelos.
Mas agora vai chover ferros.

The Vast Sky is a Blade,
Opening the way by the blood!

Lâminas que abrem chagas na terra,
Caem dançando no ritmo do zunido enferrujado,
Se banhando no sangue da epifania geral.

A terra dos homens se faz com fogo, aço e bastilhas.
A hidrovida é um detalhe.
Se prefere a ferrugem da morte à água da vida.

domingo, 8 de maio de 2011

The Borgia Family - Um legado no mundo Cristão


http://www.baixartv.com/download/the-borgias/



Quem nunca ouviu falar em Alexandre VI? O papa mais corrupto, safado, nojento, e extremamente inteligente, articulado, e eficiente que o Vaticano já conheceu?

Quem nunca teve dúvidas em saber como é que o papa administra, trabalha, e comanda toda a Igreja? Este seriado histórico mostra tudo isso, e mostra também as intrigas, corrupções, mandos e desmandos, e os conflitos de influencia e poder que cercam o Príncipe de Roma, tão retratado em Assassin´s Creed.

O Papa Rodrigo Borgia tinha amantes dentro do vaticano, tinha 4 filhos(dos reconhecidos) que passeavam pelos muros sagrados sem o menor constrangimento, fazendo inclusive do seu primogênito um Cardeal.

Realismo Machadiano na renascença. É interessante para construir no imaginário as situações das aulas de história, e montar um arcabouço complementando a imagética, fugindo da exclusividade das imagens do livro de história, e dos filmes muitas vezes surrealistas.

Um apanhado interessantíssimo da Santa Igreja, e no que ela vai desaguar nos dias de hoje.Os mortos, os arruinados, e os destruídos pela ganância dos homens de batina, confessam entre sarcófagos e catedrais que de Santa a Igreja Católica não tem nada.

Assistam.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Querem julgar toda a minha vida, a minha história, o meu espírito em uma redação.
Às vezes me pergunto como teria sido minha vida em Mossoró. Sal e Petróleo parecem tão bom agora.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Minhas Propostas Radicais Para Um Mundo Melhor

> Cosmopolitismo Universal - Livre Passagens de Bens e Pessoas no mundo, sem fronteiras nacionais
> Neo-Liberalismo Econômico
> Engenharia Genética - Melhoria genética e fim das doenças
> Sustentabilidade - Preservação Universal dos Recursos Naturais
> Controle Populacional
> Democracia
> Estados Laicos - Religião em casa
> Keynesianismo - Bem estar da população: Praças, fontes, academias, áreas Wi-Fi. Tudo público e da melhor qualidade.
> Transporte Público de graça e com qualidade, conforto, eficiência e amplitude
> Medidas anti-carros na Cidade
> Facilidade na compra de eletro-eletrônicos (Subsídios?)
> Infra-estrutura Perfeita - Trens, navios, e aviões ligando as cidades e o mundo com eficiência máxima
> Ensino Público, incluindo Universidades, em um sistema Meritocrático de Altíssima Qualidade e Universal
> Energias Alternativas Não-Poluentes - Solar, Eólica...(Subsídios?)
> Parlamentarismo Lacônico - Fim dos gastos públicos exorbitantes com representantes políticos
> Pena de Morte para Crimes Hediondos* - Pedofilia, Tortura, Assassinatos em Série, Latrocínios, Corrupção...
> Agilidade e Modernização do Sistema Jurídico
> Prisões com Trabalho ou Estudo Obrigatórios - Coerentes com a realidade de cada preso
> Fim das favelas e estados paralelos - Estado Presente
> Sistema de Saúde Público Universal e de Altíssima Qualidade - Fim dos Planos de Saúde(Modelo Sueco*)
> Legalização, Fiscalização, Controle, e Alta Tributação de algumas drogas


Fim. Quero comentários. Quero ouvir a opinião de vocês. Favoráveis ou não. Lembrando que as propostas são um tanto utópicas, e nem tanto assim. E que elas aconteceriam progressivamente, coerentemente, e de uma maneira organizada. Sei que algumas parecem contraditórias, mas dá pra se conciliá-las também. O Radicalismo em excesso para qualquer dos lados é venenoso.



* = Dúvidas minhas sobre a legitimidade e abrangência dos termos ou das ideias.

Acauã Exilado



Acauã Exilado

Eu só queria saber,
Se por mim você derramou alguma lágrima.
Só pra saber mesmo.

Nem que seja pra dizer, assim,
Que valeu a pena,
Que foi bom, não sei.

Só de ter a esperança que nós,
Por um momento, estivemos próximos,
Enquanto nossos caminhos e escolhas estavam longes.

O teu caminho é incerto,
O meu é certo demais,
Pois você irá flutuar ao sabor do vento,
E eu vou me enraizar nas minhas conveniências.

Quem sabe se quando meus galhos estiverem frondosos,
E estiverem dando lindas flores e frutos saborosos,
Tu não irás constituir um ninho nas minhas copas?

E eu então te enfeitarei com minha flora,
Te darei de beber do meu sumo,
Te acolherei nas minhas sombras,
E te protegerei das tempestades dessa vida violenta.

Acauã que não pertence nem a mim,
Nem aos Sertões,
Deixa eu te dar meu útlimo Adeus.

Pois você pertence aos voos infinitos do seu destino.

domingo, 1 de maio de 2011

Pra quê contar ainda mais histórias de fracasso? O mundo já está cheio de histórias chatas e brochantes. Vamos permear as mentes dos outros com os mais puros pensamentos e as mais lindas ilusões. A realidade já é dura demais...

Bem às vezes

Coração calejado nem dói mais depois de um tempo. Só mexe um pouco pra lembrar que tá vivo às vezes. Só as vezes.