terça-feira, 17 de maio de 2011

Tronos Aveludados


Tronos Aveludados

Andaluzia lusitana,
Vou te mostrar o meu baião,
Frevo, maracatú e xote,
Caymmi, Jobim e Violão.

Vou te mostrar o batuque dos negros,
A batida sincopada com a alma,
Que não tem cor, fé, ou doutrina,
Só o compasso marcado com a mão.

Frankfurt dos francos,
A flauta de Tupâ vai soprar,
Vento, cio, terra, sol,
Panteísmo lunar.

Saxônia dos saxões,
Teus saxs têm o que aprender com os passarinhos daqui,
Canto, pio, doce, vento, ninho,
Sons, cheiros, texturas e tons.

Vida, sangue e súor,
Que sustentam sua ostentação,
Veludo dos seus tronos marcado à fogo,
Chicote, medo e exploração.

Eu tenho cá uma mistura,
Síntese das raças: união,
Brasil meu de todas as cores,
levantamos o império do chão.

Em cima de trabalho e séculos,
Pedras e ossos, a Avenida Paulista,
Que pensa que beija o céu,
Mas o morro é que o visita.

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