segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ira de Tupã


Ira de Tupã

Um galo sozinho não tece a manhã,
Já dizia João,
Uma coruja sozinha não traz a noite,
Traz medo, pio X, sombra, trovão.

A aranha que tece as minhas vestes come mosca.
Varejeira é banquete.

Os teus olhos sozinhos não tecem um coração,
Precisam do bater do tambor arritmado do meu peito.

O engraçado é que a Ira de Tupã cai sobre Recife,
E não em Tuparetama.
Os recifenses precisaremos usar gôndolas venezianas.
E eu sempre odiei essas silepses,
Mas preciso me reafirmar, corrompendo se preciso.

Não confie no destino,
Se confie para fazê-lo aos poucos.
Se existe, é incerto,
O certo é a potência dos nossos atos,
Não a dos nossos sentimentos.

Os outros nunca se importam verdadeiramente com o que sentes,
(talvez se falares...)
O que ecoará então serão somente os teus atos.
Sinta, seja, faça.

Pois eu sou o amor da cabeça aos pés.

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