segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ninho de Pedra




Ninho de Pedra


Suas penas se escondem na brasa,
Calor cobre que ondula no ar,
Fios metálicos que cintilam,
Pôr-do-Sol nos teus ombros de mar.

O raiar ensola a luz,
O ocaso se torna aurora,
Prisma pétreo que reluz,
Teus seios conforme a hora.

Noite sem graça que se passou,
Enquanto você estava fora,
Um ciclo que nada mudou,
Renasce das cinzas de outrora.

Alce voos pelos campos de mim,
Faça ninhos pelo meu corpo,
Conte as penas de um Serafim,
Pouse no meu sonho torto.

Seja a fênix minha,
Que eu serei o leito teu,
Abraçarei tuas chamas,
E o teu corpo será meu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário