terça-feira, 8 de março de 2011

Renasça




Renasça

Quem semeia o vento,
Só vai colher tempestade.
Mas quando a tempestade não é nada mais que a minha roupa,
Quando minha raiva se mostra nas nuvens.
E a minha fúria se manifesta até no ar,
Eu ilumino a noite com a minha presença,
Raio em luz, água, sombra e luar!

Quero a minha tempestade destruindo todos os teus barcos,
Quero que o céu seja maestro na minha vingança!
Não aguento mais ver o teu sorriso solar.
Quero o céu nublado, fechado para visita.
Chuva de afogar todas as praias.
Solidão, frio, medo.
Relâmpagos de Iansã.

Mas quando o teu Sol chega
Pra clarear o meu tempo,
E a raiva sai como quem canta a dor,
Eu me canso de ser a tempestade.

Quero ser a chuva que gera a vida,
Quero ser a água que dá de beber,
Quero ser o teu reflexo,
Refratando tuas luzes de beleza solar pelo mundo.

Renasça todos os dias dentro de mim.
Vá, mas volte como quem quisesse nascer de novo.
Pois a tua luz irá brilhar na minha amplidão,
Renovando cada pedaço de alma,
Cada fragmento de espírito,
Cada história contada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário