quinta-feira, 28 de julho de 2011

(Insira aqui o título julgares mais apropriado)

(Insira aqui a imagem que julgares mais apropriada)
(Insira aqui o título julgares mais apropriado)

De você eu espero tudo menos o frio,
Que venha o fogo, a tempestade,
A ventania e o deslize.
Um passo em falso.

A morte, o sono,
O sonho e a liberdade,
O salto na profundeza,
A incerteza e a vaidade.

A prisão e o algoz,
A liberdade e o silêncio,
Morre no ar, nós,
Voz que se quebra no vento.

Em ressonância se dispersa na brisa,
Eco se perde no eco de si mesmo,
Chama pelo próprio nome,
E se despedaça contra a realidade.

Na praia escura a maré trás a mortalha,
Do corpo gélido e necrosado,
Morto na calada da solidão.
Não tinha mantos,
O frio levou a sua esperança antes dela brotar.

Eutanásia.
Morreu empedrado no útero,
O nosso futuro.
Aborto.
Espontaneamente planejado.

Mas de você eu só não espero o frio.
O resto a maré me trás de volta.

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