domingo, 11 de setembro de 2011

Rosa Negra - Traição



Rosa Negra - Traição

O espinho que entra na mão,
Profundo, que trinca o osso,
Derrama o sangue em vão,
Pela inocência que a segura, grosso.

A Rosa Negra do egoísmo,
Atrai mãos incautas,
Rasga a pele pelo cinismo,
E espalha suas farpas.

A inocência procurou-a no jardim,
Mesmerizada pela opaca beleza,
Pensou que fosse como o jasmim,
Mas da estética virou presa.

Pétalas pretas jogadas no mar,
Sonhos inócuos afogados,
Buquê de insensatez, noir
Nem tangos, nem blues, só fados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário