quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A Dor de Se Fazer Mulher





Não, não venha não me dizer o que é o amor,
Só você que sente a dor de se fazer mulher,
A mão, o cio o fio, a terra encosta na primavera.
Os uivos da solidão não encostam não,
Eu te encontrei.

Me diz quem é você, tanto poder num olhar,
Me diz, irmão, irmã, tenra manhã para se ver brotar,
Em flor, em cor, em dor, se não é o amor é temor.

Sei que eu não sei,
Teu destino é raro,
O meu é fardo te ver passar.

Aurora desponta agora,
E me retorna o olhar,
Te cuido, solto no escuro,
Rompo meus muros para te consagrar.

Eu sou teu, teu olho é meu,
Na escuridão, brilha o que não se pode negar.

Me diz quem é você, tanto poder num olhar.
Me diz, irmão, irmã, tenra manhã para se ver brotar,
Em flor, em cor, em dor, se não é o amor,
É temor-de-ficar.

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