quinta-feira, 29 de julho de 2010

Eu, Exilado de Mim





Eu, Exilado de Mim



Cheiro de chuva que refrigera a alma,
Gosto de mar salgando a boca,
Sol que queima a pele num ardor gostoso e amorenado.

Vento marinho que acaricia o corpo nu,
Modelando vestes aéreas na varanda,
Reflexo na praia daqueles olhos.

Cheiro de livro antigo falando do sertão,
A saudade cálida das campinas do interior
E a promessa de um sonho bom,
Que margeia Luanda indo pela Mata Sul.

Até encontrar Neméia no Alto da Sé.
Retornar ao berço pernambucano.
Eu, exilado de mim mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário