Um dia de Chuva
Em um dia chuvoso, eu e meus colegas estavamos sentados na antiga varanda da casa que agora funciona como secretaria. Era um dia de chuva, frio e cinzento, transpirando tristeza em uma dose bem concentrada.
No nosso grupo, tinha um casal que ria, se abraçava, e se beijava... Minhas tentativas amorosas não iam bem, logo, como ser humano, senti uma certa inveja. E eu permanecia lá, com cara de poucos amigos escutando música no meu mp3 já ultrapassado. Cena digna de novela mexicana.
E então, como golpe de misericórdia, eles vão caminhar e tomar um banho de chuva, correndo, brincando, se abraçando, com sorrisos mais brilhantes que propaganda da Colgate.
E então, eles voltam, encharcados, com frio, sorrindo, belos. Muito mais belos do que antes, como se tivesse lavado a alma, e a beleza dessas almas transpirasse para o corpo, se mostrando em forma de um sorriso.
E então a chuva para, e eu não pode deixar escapar um sorriso, contagiado pela felicidade deles. A chuva parou. O sol atravessou as árvores que reteram a água, refletindo uma sinfonia de brilho num verdadeiro espetáculo, montado pela Natureza, para os olhos de quem sabe apreciar a sua perfeição.
Entendi então que existe uma força divina que nos presenteia com tudo o que precisamos, e só as as vezes admiramos, sem pedir nada em troca. E nós temos somente a escolha de ficarmos na varanda sem nos molhar, ou podemos tomar aquele banho, de preferência sorrindo, e voltarmos à varanda: Molhados, belos, e iluminados.
Pedro Antônio, 2006.
No nosso grupo, tinha um casal que ria, se abraçava, e se beijava... Minhas tentativas amorosas não iam bem, logo, como ser humano, senti uma certa inveja. E eu permanecia lá, com cara de poucos amigos escutando música no meu mp3 já ultrapassado. Cena digna de novela mexicana.
E então, como golpe de misericórdia, eles vão caminhar e tomar um banho de chuva, correndo, brincando, se abraçando, com sorrisos mais brilhantes que propaganda da Colgate.
E então, eles voltam, encharcados, com frio, sorrindo, belos. Muito mais belos do que antes, como se tivesse lavado a alma, e a beleza dessas almas transpirasse para o corpo, se mostrando em forma de um sorriso.
E então a chuva para, e eu não pode deixar escapar um sorriso, contagiado pela felicidade deles. A chuva parou. O sol atravessou as árvores que reteram a água, refletindo uma sinfonia de brilho num verdadeiro espetáculo, montado pela Natureza, para os olhos de quem sabe apreciar a sua perfeição.
Entendi então que existe uma força divina que nos presenteia com tudo o que precisamos, e só as as vezes admiramos, sem pedir nada em troca. E nós temos somente a escolha de ficarmos na varanda sem nos molhar, ou podemos tomar aquele banho, de preferência sorrindo, e voltarmos à varanda: Molhados, belos, e iluminados.
Pedro Antônio, 2006.
adorei o texto. e concordo. temos que nos arriscar, nos molhar, porque se não vamos ficar apenas alheio à tudo.
ResponderExcluire gostei, fez um texto ao invés de poema. eu prefiro assim!
poxa, pedro, meio evangélico, tu sabe que eu prefioro o da menina que ficou cega, mas ficou muito bom também, hahaha
ResponderExcluirEvangélico? kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirDa um desconto, eu era um pirralho quando escrevi xD