quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Espelho D´Água


Eu sou Espelho d´água na relva,
E se tu me apareces como flora, verde e sustenida,
Eu te passo como são realmente teus contornos e tuas matizes.

E se tu me apareces como céu, cerúleo, celeste, sublime e bemol,
Minhas águas serão anis em tua homenagem, no mesmo timbre.

Mas se tu me apareces de branco, e traz no teu sorriso um quê de orquídea, eu já nem consigo te refletir em mais nada, porque o perfume da tua pele, em flor, roubou os meus sentidos, e tua luz já vem em todas as cores.

E ai eu já não consigo mais fazer nada, e eu me torno teu, por inteiro, e por pedaços.
Em cacos, refletindo teus olhos e o teu sorriso por todos os ângulos,
Despido de filtros.
Despido de mim.

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