quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lumes Difusos


Lumes Difusos

Constelações Dinâmicas,
Estrelas aleatórias,
Fugindo das linhas que meus olhos traçam,
Dançando nas trevas e redesenhando a noite.

Vaga-lumes que sobram,
Percorrem a escuridão,
Randomizam a luz,
No compasso da minha solidão.

Cada um é de um tom,
Uma luz dos olhos que eu conheci,
Agitam o vermelho do som,
Na sinestesia em que amanheci.

Quando me aproximo as luzes se tornam difusas,
Quando me afasto, elas ganham brilho,
Quando pego o vaga-lume na mão,
O lume se torna tão vago,
Engolido pela escuridão.

E seu brilho só é bonito na distância,
Perto dos meus olhos, longe das minhas mãos.
O brilho frio e corrupto da fantasia.

E na minha noite,
Só o que continua brilhando é a promessa,
Enquanto eu danço, sozinho,
À luz dos lumes, que vagam,
Solenes, inertes, indecisos.
Difusos.

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