quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Agnes Dei - Kosmos

Agnes Dei - Kosmos

Acordar chorando sonhos
Onde se morre.
Lágrimas de felicidade.

Ignoro essa tua Alegria
De se dar um salto pra fora da Existência.
Mas as tuas sombras me alcançaram,
E eu ouvi o Sol chorar.

Quantos abismos cabem nos teus olhos?
Quanto apocalipse sobra nas minhas calçadas?
Aquelas onde te vi primeiro.

Talvez seja, no entanto,
Tua a Profecia,
E não haja torres perdidas de bronze polido
Na Antártida.

E o futuro seja o Escuro,
E o futuro seja breu,
E teu lamento seja maior que Eu,
Todas as dores do mundo.
Agnes Dei.

Ser feliz é agarrar o Sol - com a mão
Feitos de um titã Primordial.
Sendo a Lua Equidistante,
De Equinócio Colateral,
E o nosso Eclipse um vislumbre de mundos,
Numa passarela casual,
A luz só te alcança na duração de um sorriso,
E morre, leito obscuro celestial.

Tu, Cordeiro Cósmico,
És sacrifício residual de si,
E de um Deus do ócio,
Pois este Deus,
Ao contrário de Isaque,
Empurraria a faca até o fim.
Sangue e Cosmogonias.
Argonauta da inexistência em si.

E eu, pagão,
Sendo tentador, oblíquo e preciso,
Preocupado em ser farol profundo,
Não posso cair, abraçado, no teu precipício,
Serei o teu inverso Sacrifício,
Iluminando à sóis o mundo,
Sentindo o sangue quente na boca,
A maravilha de se estar vivo,
E te farei canções e elegias,
Para o teu post mortem Benefício.

Nenhum comentário:

Postar um comentário