quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Benção Verde




A Benção Verde

O sertão sou eu,
A força que nunca cessa,
Vida que brota na seca,
Flor que brota na pedra.

Esperança de chuva,
Terra que tem sede,
Espera dos céus,
A benção,
Que explode,
Verde.

Um oceano de vida,
Clorofila que toma conta,
Terra mais que fértil (generosa),
Só precisa que chova (a dança).

O menino é ventania,
Que traz areia pro meu terreiro,
Traz seca e morte,
A menina é a lágrima,
Sal que traz sorte,
Dor que chora e floresce a terra,
Em soluços de enchentes, vida e morte,
El niños que brincam de Deus.
Fazendo do meu terreiro, seus,
Maniqueísmo de água.

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